Agora que acabaram os filmes de verão, podemos finalmente dar graças a Deus por existir um Bruce Willis e “aqueles bonecos amarelos”…

Com este texto inicio a minha participação neste ilustríssimo blogue, que espero que se encha rapidamente de frutuosas discussões acerca de filmes e outras banalidades da sétima arte, para além de mexericos acerca de música. Pois bem, depois de um verão cheiíssimo de blockbusters e continuações, há alguns comentários cinéfilos a considerar:

1º - Será que era necessário haver 100 Jack Sparrow’s no mesmo filme de piratas e não haver uma única linha de diálogo decente? (será que estou a exagerar?), ai meu rico Gore Verbinski…

2º - O Homem-Aranha transformou-se definitivamente no festim de efeitos especiais que se impunha, e o filme é muito bom digam os críticos “intelectualóides” o que disserem!!!

3º - A densidade dramática das histórias do Quarteto Fantástico (que me lembro ser elevada para uma banda desenhada) foi definitivamente reduzida à complexidade de um argumento de um episódio no Noddy (mas sem a moral da história).

4º - Está mais que visto que a única coisa de jeito no Shrek 3 é abrir caminho para o glorioso filme do “Gato das Botas”.

5º - As Tartarugas Ninja ainda podem ter pinta!!!!

6º - Os ratos também sabem cozinhar, nomeadamente um bom filme para toda a família (Marco estou a confiar em ti…).

7º - Desenhos animados sobre robôs que se transformam sempre podem ser a base para um filme competente.

8º e de extrema importância - Um Die Hard é sempre um Die Hard desde que tenha o McClane, seja R- Rated ou Pg-13, quer seja realizado pelo Len-Wiseman-um-jovem-que-percebe-é-de-fazer-filmes-de-vampiros-um-pouco-chatos-em-que-a-esposa-é-a-estrela-principal ou por um cineasta competente.

Em conclusão, ainda que eu seja faccioso na matéria, o Die Hard 4.0 é claramente o filme do verão, quanto mais não seja porque se assume no despretenciosismo de ser apenas um filme de acção que tem como objectivo divertir e entreter enquanto estamos no cinema. Digam o que disserem, é de um prazer profundo ver o velhinho McClane a ir derrotando rodos de terroristas um a um, enquanto fica cada vez mais escalavrado e vai largando as suas famosas larachas (e digam o q disserem a ausência de palavrões não prejudica o produto final). E “já chega dessas tretas do Kung Fu”, mesmo que para isso o John McClane tenha de bater em mulheres, mas foi para se defender coitado… Isto não existe em mais sítio nenhum, até em filmes com ou sem óscares e outros certificados de qualidade e afins. Admito que a certa altura o McClane parece tão invencível quanto o Wolverine (ainda que com menos cabelo) enquanto se arma em super-herói pendurado em cima de aviões. Mas aquele Yippee-ki-yay ####, é muito místico. Ou então sou eu que sou lamechas…

Mas para que se perceba o título do post, e como dizia uma amiga minha: “mas há alguém que queira ir ver aqueles bonecos amarelos horríveis ao cinema?”. É claro que há, e acreditem em mim que vale mesmo a pena pelo prazer de rir desalmadamente com os Simpsons, e não tirando valor a quem faz as nossas traduções (que são já realmente muito boas) eu quero é ouvir o Homer com a voz do… Homer! “Spider pig, spider pig, does what ever a spider pig does…”.

Bom cinema!