No início o “When Dream and Day Unite” (referência ao 1º álbum dos Dream Theater) era um blog sobre música Heavy Metal. Mas, à semelhança da união entre sonho e o dia, a forte ligação entre dois amigos transformou este blog num local de discussão e opinião sobre duas formas de arte, também, fortemente interligadas: a música e o cinema. Vejam e deixem a vossa opinião!!!
AVISO
Navegar neste blog pode seriamente aumentar o seu Q.I., viciá-lo em cinema do bom, ou condená-lo a ouvir música que apesar de brutal lhe poderá causar danos auditivos gravíssimos.

A gerência do blog, certa da qualidade do que aconselha, não se responsabiliza pelo surgimento de comportamentos compulsivos relacionados com cinema e música.
Está avisado, por isso estamo-nos nas tintas...

sexta-feira, setembro 21, 2007

Como revolucionar a televisão e tornar-se num cineasta? J.J. Abrams sabe.


Muita gente me pergunta, afinal quem é o J. J. Abrams? Bem, na realidade pouca gente me pergunta isso. OK, admito! Nunca ninguém me disse tal coisa. Mas a verdade é que é um dos grandes autores de cinema e televisão do nosso tempo, uma daquelas mentes brilhantes que são uns faz tudo da 7ªa arte. Vou falar aqui, apenas dos seus projectos mais memoráveis.

Lembram-se dos “O Regresso de Henry” com Harrison Ford e “Eternamente Jovem”, um filme com o Mel Gibson e com a Jamie Lee Curtis, em que o Mel era posto numa câmara criogénica e acordava uns anos mais tarde com a mesma idade?! Começa a funcionar, nesta altura, a mente brilhante de Abrams como argumentista.

Depois de alguns projectos insípidos, no ano de 1998, J.J. co-assinou o argumento de uma película, que ficou na história do cinema de acção e ficção científica, que se veio a chamar “Armaggeddon”. O filme serviu essencialmente para a popularização do realizador Michael Bay, e para permitir a propagação do estilo frenético da sua câmara e montagem acelerada. E claro, dar mais uma oportunidade ao grande Bruce Willis para brilhar mais uma vez a fazer aquilo que sabe melhor, acção e comédia. Para além disso este filme tinha a Liv Tyler, e um filme com A Liv Tyler é sempre melhor que um filme sem a Liv Tyler! No entanto, o filme mostrou-nos a capacidade de Abrams nos mostrar personagens, sempre de convicções fortes, que podiam ser qualquer um de nós mas em circunstâncias extraordinárias.

A grande revelação surgiu nesse mesmo ano, com o sucesso televisivo da série “Felicity”. O fanatismo do público americano foi tanto que quando a protagonista da série cortou o seu cabelo, houve um esterismo público de fans e imprensa!

Na minha humilde opinião, o génio indiscutível deste autor deu-se a conhecer, dois anos mais tarde, com a criação da série “Alias”, que por cá - seguindo a tradição de traduções de títulos quase mágica - ficou conhecida como “A Vingadora”. Aqui o nosso argumentista Abrams, especializou-se na realização. Com a participação de um elenco de luxo, com veteranos como Victor Garber, Ron Rifkin e Lena Olin, a série deu a descobrir Jennifer Garner ao mundo e reinventou o género de espiões, ao misturar-lhe uma pitada de conspiração à la Da Vinci, com uma criatividade bombástica. A série, antes de ser uma história de espiões, era essencialmente uma complexa trama sobre família e amigos como nós, que por acaso estavam no ramo da CIA, KGB e afins. Para além de inovar definitivamente os seriados televisivos ao patamar de qualidade cinematográfica, e ter recuperado o espírito de cliffhanger, deixando os espectadores a salivar pelo episódio seguinte (esquema aproveitado mais tarde por exemplo pela série “Prison Break”), este projecto ganhou o apoio da crítica e público a nível mundial e tornou-se num sucesso estrondoso. E os dvd’s com todos os episódios estão religiosamente guardados na minha estante… Para todos os saudosos, como eu, deixo no final do post o genérico do 4º e 5º ano da série.

Nos últimos tempos, Abrams voltou a espantar publico e crítica televisiva com a série Lost – Perdidos, humanizou e melhorou a Missão Impossível (3) de Tom Cruise, produziu a série “Amigos de Brian”e outras, e num gesto de marketing singular colou um trailer de um filme do género fantástico - ainda sem título - ao visionamento do filme “Transformers” nos cinemas americanos, deixando o público em polvorosa.

No futuro, para além de alguns projectos televisivos, poderemos esperar ver Abrams a dirigir o mais recente filme da saga Star Trek, que deverá retratar as peripécias iniciais dos míticos personagens Kirk e Spock.

Há quem lhe chame o Spielberg da televisão, mas eufemismos à parte, a verdade é que este autor deixa o seu cunho muito pessoal em todos os projectos em que participa, cativando o público, a crítica e a mim...


5 comentários:

russo disse...

Boa Tarde

Caro amigo nuno faria,tenho de discordar da tua opiniao em relaçao a melhor serie de sempre, sabes que a serie 'ALIAS', ta no meu top 3 o que por si so ja demonstra o quanto kurtia a serie, mas nao haja duvida que a melhor serie de todos os tempos e 'PRISON BREAK', e nao me convences com essa que o autor plagia o 'ALIAS', mas tambem nao haja duvidas que o J.J. ABRAMS e o maior em series, o unico senao e ter criado 1 serie xamada 'LOST'(se houver alguem que siga a serie me conseguir convencer que a percebe eu me retratarei), fico anciosamente a espera da 2º temporada dos 'AMIGOS DE BRIAN', entretanto aqui fica pra mim o TOP 5 das series televisivas:

1º PRISON BREAK
2º CSI(todos)
3º ALIAS
4º SHARK
5º SERVIÇO URGENCIA

Abade Faria disse...

Boa opinião sim senhor! Só uma coisa,NÃO DISSE que o "Prison Break" PLAGIA o Alias, apenas que usa o mm esquema de "cliffhanger" no final dos episódios. Assim como o "Alias" também usava algumas ideias coisas de outras séries e filmes, como é normal. O "Alias" apenas reactivou esse esquema esquecido e voltou a mostrar que a televisão não é um meio secundário ao cinema. O que abriu caminho a muitas outras séries que a seguiram Apesar de não ser fã total da "Prison" reconheço que é muito boa. NO entanto o que adoro no "Alias", sobretudo nos primeiros anos, é que aquilo é uma história sobre uma família de pessoas como nós que por acaso são espiões. E que vivem as pequenas coisas do dia-a-dia...

Quanto ao "Lost" não é fácil de seguir, mas para quem tiver paciência é de facto um laboratório exemplar sobre a personalidade humana, e sobre as coisas mais negras ou belas que somos capazes de fazer.

Ivo Vieira disse...

O meu top 3 das séries é:
1º Seinfeld
2º Seinfeld
3º Seinfeld

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.